sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

'Brasil fora dos que lutam por cidadania' acerta alvo 92ª


Atualizado às 18h17 - 31/01
Brasil está fora da lista elaborada por cientistas de países em que deve haver deve aumento de violência em protestos contra políticas socioeconômicas de governos locais. A notícia (28/01) produzida por Pablo Uchoa (De Londres) e disponibilizada no portal da BBC Brasil, acertou na mosca o alvo da 92ª semana do Target NewsWeek, game de análise de notícias que classifica as cinco (se houver)que fizeram a diferença ao longo da semana. O Brasil não faz parte da lista, que inclui a Colômbia, Peru, Equador e até Chile e Argentina na América do Sul, além de México e Honduras no resto da América Latina."O Brasil tem um Estado com grande capacidade de conter episódios de violência", disse à BBC Brasil, por telefone, a pesquisadora Amanda Murdie, da Universidade do Kansas. Os especialistas dizem que até agora a lista já conseguiu indicar alguns dos locais mais suscetíveis à agitação política, como a Tunísia, o Equador, a Irlanda, o Peru e a Itália. Segundo WikiLeaks, EUA financiaram protestos por democracia no Egito.

Analisando os dados de violência política doméstica em 150 países entre 1990 e 2009, os pesquisadores usaram três critérios para prever possíveis aumentos no nível de violência. Os países com maior potencial de vivenciar aumentos de violência em protestos anti-governo: O primeiro deles é o nível de repressão dos Estados, que eleva a tensão e motiva os protestos. O segundo fator é a facilidade de coordenação dos protestos, incrementada pelas tecnologias móveis. Os protestos de 2009 no Irã, que viram a utilização sem precedentes de ferramentas como o Twitter e os telefones celulares, são um bom exemplo disso. Por último, os pesquisadores levaram em conta a capacidade de cada Estado de evitar a eclosão de violência em protestos através do preparo de seu próprio aparato de segurança.

Causas e consequências da notícia - A notícia não revela claramente mas nos induz a pensar que o Brasil herdou da ditadura militar um poder de repressão bem semelhante ao dos governos militares. Somamos a isso, a nossa falta de cultura de pertencimento, de compromisso com as coisas que vão além dos muros que cercam a mera sobrevivência. Esse medo cristão do povo brasileiro de se rebelar contra aqueles que de alguma forma são responsáveis por sua miséria social, cultural e polí1tica, é algo de expiação de Plínio Arruda. Para ele, o nosso povo sofre da Cultura do Favor, segundo a qual o marginalizado, no sentido daquele que vive à margem dos direitos sociais, que recebe um favor do poderoso, está moralmente obrigado a devolver esse favor, a fim de se sentir uma pessoa digna. Na prática ficamos calados acreditando em mentiras oficiais. Enquanto o FMI vê deterioração "brusca" das contas fiscais do Brasil, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, diz que é bobagem o relatório do FMI. Não adianta a Dilma se encastelar em Brasília, pois os motores da indignação já foram ligados. Você consegue ouvi-los? Não!? Seja que tamanho for o seu poder de alienação, você não será poupado como nesses dias quentes de Verão...

Confira agora as outras notícias que acertaram o alvo da última semana:

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