sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

‘Redes sociais como arma de crash ditaduras’ acerta 93ª


Atualizado às 11h32 - 05/02
Em seu desabafo quase sempre profético, o colunista de o Estadão, Arnaldo Jabor, aponta o Facebook como um dos agentes detonadores de uma onda de insurreições em países do Oriente Médio, comandados a mão de ferro por ditadores sanguinários. O artigo (01/02) produzido por Jabor e disponibilizado na seção 'Notícias' do site do jornal O Estadão, acertou na mosca o alvo da 93ª semana do Target NewsWeek, game de análise de notícias que classifica as cinco (se houver)que fizeram a diferença ao longo da semana. No artigo intitulado 'Facebool, o bem e o mal', Jabor descreve de Paris... 'chego ao hotel e vejo na TV a súbita irrupção da revolução na Tunísia, contaminando Egito e outras tiranias. Estavam ali os dentes em faca de Basquiat, os oprimidos se erguendo em revolta por obra e graça do Facebook. Isso: um garoto nerd de Boston queria ver os peitinhos de meninas em Harvard e aí inventou um troço, ficou bilionário e deflagrou uma mudança histórica no mundo árabe. Isso ninguém previu, nenhum pensador horrorizado pensou neste "bem". Uma revolução saída da web. A produção material da tecnociência gerando anticorpos contra o futuro sem saída'. Preocupados com revoltas, governantes árabes prometem reformas.

Mark Zuckerberg pode ser considerado o prefeito daquilo que os entrevistados na pesquisa da McCann chamaram de "a 13ª cidade mais influente do mundo nos próximos anos". O Facebook, rede social criada por ele e outros 'dissidentes', é apontado como a "cidade" para onde mais de 500 milhões de pessoas migraram atraídos pelo estilo de vida que ela oferece. Lá os habitantes escolhem quem serão seus vizinhos e se agrupam em pequenos vilarejos. "É um lugar no qual as pessoas constroem as próprias casas, e organizam suas paredes (um trocadilho com a palavra wall, que significa parede em inglês, e é o nome do mural do Facebook onde o usuário compartilha mensagens e links com seus amigos) da forma que lhes parece melhor." É uma cidade que certamente vai se tornar uma legítima representante da máxima "as vidas virtuais agora se tornaram reais".

Causas e consequências da notícia - A notícia revela a força inexorável das redes sociais como agente catalisador de forças antagônicas ao poder hegemônico. Nesse sentido, a primazia e o crédito desse revolução não cabem ao Facebook apenas. Os louros dessa façanha histórica devem ser divididos entre as demais redes sociais, como Twitter, Foursquare, LinkedIn... Elas funcionam em sinergia. Isso quer dizer que as somas das partes é maior do que o todo, porque as energias se unem em prol de um ideal comum. Aproveito aqui para dar um depoimento pessoal sobre um episódio ocorrido no final do ano passado. Quando partipava do Innovation Projects 2011, um dos participantes, ligado ao setor de Tecnologia da Informação, disse a todos que o mercado não dava tanta importância assim para as redes sociais, portanto não deveríamos invertir em projetos correlatos. Na mesma medida, tomei a palavra para dizer que não poderíamos matar tecnologoias que mal sabemos ainda lidar em sua plenitude. Não por acaso, o meu projeto ligado aos newsgames tinha as redes sociais como seu principal motor cognitivo. Quando idealizou o Facebook, Mark Zuckerberg pensava apenas em fazer novos amigos. Os recentes protestos no Oriente Médio reveleram um poder ainda desconhecido do site criado apenas para entreter os jovens. Se os livros ainda não morreram, talvez a razão se deve ao fato de eles continuarem a alimentar a nossa esperança de um mundo melhor. E parafraseando Arnaldo Jabor: '...já dá para ver que estamos diante do imprevisível total, mas com alguns sinais no ar. Começa um tempo de progressiva porosidade entre Estado e sociedade, uma época de reis nus, de impotência da razão para resolver impasses históricos'. Sob esse prisma sombrio, eis que emergem das cavernas de Harvard e de tantas outras espeluncas esquecidas por gente dita de bem caras sem perfil de ditador e loucos para acabar com qualquer feira burguesa como fez Jesus Cristo 2010 anos atrás. Cuidado! Eu posso ser um desses caras... Aliás, você também pode!

Confira agora as outras notícias que acertaram o alvo da última semana:

Brasil é outra economia para enfrentar o Black Swan egípcio

Extra, Extra! Cai total de formandos em cursos que preparam docente

Campeã do Prouni: Engenheiro Caldas (MG) não tem escola particular

59 dos novos deputados federais são processados por crimes

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