domingo, 27 de junho de 2010

‘Pífia redução da desigualdade social’ acerta alvo 61ª


Atualizado às 17h06 - 25/06
É pífia a redução da desigualdade social no Brasil apontada pela Pesquisa de Orçamento Familiar (POF). A análise-metáfora (24/06), produzida por Marcelo Neri e disponibilizada no site do Estadão, acertou na mosca o alvo da 61ª semana do Target NewsWeek, game de análise de notícias que classifica as cinco (se houver)que fizeram a diferença ao longo da semana. A despesa média per capita dos 10% das famílias com os maiores rendimentos (R$ 2.844,56) era 9,6 vezes a dos 40 % com menores rendimentos (R$ 296,35). Essa disparidade constatada pela POF 2008/09 está menor que seis anos antes, quando era de 10,1 vezes. Ainda em relação a essas duas classes de rendimentos, a região mais desigual foi a Nordeste (11,3 vezes), e a menos desigual a Sul (6,9 vezes). A maior parte das famílias brasileiras gasta mais do que ganha. Nada menos que 68,4% das famílias do País têm, em média, uma despesa mensal superior ao rendimento. O levantamento mostra, porém, uma evolução no equilíbrio orçamentário familiar, já que, na pesquisa anterior, de 2003, 85% das famílias estavam com gastos desequilibrados. A POF é um retrato das mudanças sociais desde 1974/75, quando foram realizados os primeiros levantamentos da desigualdade brasileira. A última POF realizada ocorreu em 2002/03.

Segundo Naércio Aquino Menezes Filho, economista e professor da USP e do Ibmec-SP, as principais razões para a queda da desigualdade social no país são a melhoria na educação e os programas de transferência de renda.

Causas e consequências da notícia A notícia-metáfora nos coloca em contato com a informação que interessa e revela alguns traços do retrato maldito da vida cotidiana dos brasileiros. Pelo menos um terço das famílias brasileiras terminam o mês sem comida nas mesas; a situação é mais grave na região Norte e Nordeste, onde o presidente Lula reina quase soberano. Por lá, a metade da população passa o final do mês sem ter o que comer. Por outro lado, neste mesmo país, as famílias que tem uma renda mensal superior a R$ 10 mil gastam seis vezes mais em alimentação do que os lares com renda de até R$ 830. E as famílias que tem como referência econômica um homem branco tem maior faixa de renda quase 30% da média nacional. Certamente, não será a partir dessa desigualdade social que o Brasil conseguirá algum assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.

Reveja agora as outras notícias que acertaram o alvo na última semana:

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