domingo, 25 de abril de 2010

'Máfia da Extorsão sem crivo da Receita' acerta alvo 52ª


Megaesquema criminoso de extorsão envolvendo policiais corruptos, empresários bandidos, políticos sem escrúpulos e psicopatas de plantão organizado na nada pacata Belo Horizonte sem qualquer fiscalização da Receita Federal. A notícia (22/04), produzida por Carla Alves e outros jornalistas do jornal O Tempo e disponibilizada no site do diário, acertou na mosca o alvo da 52ª semana do Target NewsWeek, game de análise de notícias que classifica as cinco (se houver)que fizeram a diferença ao longo da semana. Finalmente, a Polícia Federal será acionada para investigar a série de crimes que estão por trás das mortes dos empresários Rayder Rodrigues, 38, e Fabiano Moura, 32, ocorrido em um apartamento do Sion, na região Centro-Sul da capital, no último dia 9. Dinheiro sujo, oriundo de falcatruas de agiotagem e contrabando, pertencentes a pessoas que se mostram cidadãos de bem, mas que comprovam o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) de empresas falidas e incluíam no quadro societário “laranjas”, que nada mais faziam do que ser marionetes desses megabandidos para lavar seus dividendos. Segundo a polícia, Fabiano e Rayder emprestavam seus nomes no processo de reativação de empresas falidas. Em seguida, essas empresas recebiam depósitos milionários dos grandes responsáveis pelo esquema. As quantias eram referentes a lavagem de dinheiro ou de empréstimos conseguidos em bancos. Parte do dinheiro ia para os empresários, uma espécie de comissão. No esquema, há denúncias de que políticos que procuravam a agência de publicidade (Agência 404) de Frederico Flores (acusado de ser o chefe da Máfia da Extorsão) para fazer “caixa 2” dinheiro não declarado à Receita Federal eram chantageados por ele. Segundo a polícia, Rayder fora sequestrado várias vezes por policiais que descobriram que ele estava com grandes depósitos. Para quem não sabe da história toda, Rayder e Fabiano foram mortos decapitados por Frederico Flores.

Roteiro do crime

Causas e consequências da notícia - a notícia revela que o caso continua ainda muito nebuloso, culpa em grande parte de uma imprensa chapa branca, que prefere se aliar ao poder do Estado contra o povo, quando o seu papel deveria ser o de oferecer apenas informações de interesse social, âmago do jornalismo de verdade. Na era do advento das nanoaudiências, parte da imprensa ainda acaba funcionando mais como extintor incêndio que como empresas criadas para reportar fatos sem proteger ninguém envolvido em escândalos, como de lavagem de dinheiro e extorsão. Aqui cabe elogios ao ótimo trabalho de cobertura do jornal o Tempo. Falta-lhe apenas ousadia para experimentar as novas mídias de comunicação e informação, sem medo de errar...

Reveja agora as outras notícias que acertaram o alvo na última semana:

Máfia da Extorsão chega ao alto Comando da Polícia Militar de Minas

Minas Gerais proíbe comercialização do Toyota Corolla no Estado

Duelo com HMTl5 faz Apple barrar uso do Flash no iPhone e iPad

Não houve acerto

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