sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

‘Morte de quase 800 órfãos do Estado do Rio’ acerta 90ª


Atualizado às 10h31 - 22/12
O número de mortos no Rio de Janeiro avança para mais de 785 inocentes na região serrana, sob o descaso de hoje, de ontem, de sempre do Estado brasileiro com a sua própria gente. A notícia (12/01) produzida por diveros webjornais e disponibilizada em seus respectivos sites, acertou na mosca o alvo da 90ª semana do Target NewsWeek, game de análise de notícias que classifica as cinco (se houver) que fizeram a diferença ao longo da semana. Com dinheiro de homens e mulheres que abarrotam os cofres federais em arrecadações de impostos cada vez maiores, o Estado brasileiro prefere culpar a natureza por tragédias que surtam a nossa capacidade de entender o nosso novo papel em sociedade. A informação que interessa chegou um dia depois da tragédia através do Portal G1, dando conta de que fotografias aéreas feitas pelos satélites da Nasa, a agência espacial americana, já mostravam, havia dois meses, os recentes fenômenos naturais que provocariam fortes chuvas e enchentes em várias partes do mundo, inclusive na região afetada do Rio.

Brasil não tem sociede civil ativa como nos EUA e Japão, haja vista repetição de trágedias no Rio, MG e SP sem ações eficazes do poder público. Segundo especialistas, a questão das enchentes no Brasil é a pura falta de legislação mais dura contra prefeitos e governadores que veem pobres apenas como depositários de votos na urna.Se fóssemos uma democracia de fato, governador e deputados do Rio e prefeitos e vereadores da região serrana responderiam civil e penalmente pelo descaso que levou a maior tragédia brasileira.

Causas e consequências da notícia - A notícia revela total descaso do Estado brasileiro com seu próprio povo. Muitas das razões pelas quais os políticos dão às costas ao seu eleitorado após o voto depositado na urna é o surgimento do 6ª poder. São políticos profissionais que legislam em causa própria. Num debate na GloboNews, filósofos refletiram sobre o exercício da democracia pelos representantes eleitos e a atuação dos partidos neste processo. Ficou evidente que a marquetagem nos últimos 8 anos assumiu o lugar dos ideais políticos. Hoje, o cenário político abriga senhores feudais que querem apenas a divisão de cargos públicos, haja vista a briga entre PT e PMDB por vagas no 2º escalão do governo Dilma. Não existe um Brasil do povo. O ilustre desconhecido João Santana é o grande ministro do governo Lula e agora do governo Dilma. Ele é o Senhor da Marquetagem, aquele que pauta o Pac, reuniões, até a imprensa. Não existe mais representatividade política no Brasil. Vivemos na ditadura de oligarquias partidárias com listas fechadas de candidatos a cargos públicos. Inocente ou não, a imprensa tem culpa nessa história toda quando deixa de informar o que realmente interessa. Tem culpa quando ajudou a eleger Dilma, ao aceitar a tese governista de que a Classe C era fruto da ascensão de uma nova classe média no Brasil. Não era! Essa classe que está aí é muito ralé! Qual a qualidade da nossa democracia? Todos políticos são lobistas de si mesmos, legislam em causa própria. E quanto aos homens e mulheres de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis? Precisarão mais do que boa vontade e capacidade de resignação... Um coisa já sabemos: não podem contar com os políticos. Porque políticos de verdade não existem lá, nem em qualquer outro lugar deste país.

Confira agora as outras notícias que acertaram o alvo da última semana:

ONU: deslizamento no RJ está entre 10 piores do mundo

Governador do Rio escolhe épocas de enchentes para tirar férias

Com caixa cheio, Kassab não usa verba antienchente em SP

Tráfico de drogas volta a agir no Complexo do Alemão, diz Exército

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