sexta-feira, 26 de novembro de 2010

‘Brasil contra Brasil em nome do Rio’ acerta alvo da 83ª


Atualizado às 14h36 - 26/11
Pressionado pela FIFA e pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), Rio de Janeiro decidiu agir de verdade contra bandidagem instalada há mais de 30 anos nos morros cariocas. A notícia(25/11) produzida pela equipe de jornalistas do Jornal das Dez (GloboNews)a e disponibilizada no portal da Globo.com, acertou na mosca o alvo da 83ª semana do Target NewsWeek, game de análise de notícias que classifica as cinco (se houver)que fizeram a diferença ao longo da semana. O cientista político Guaracy Mingardi, ex-secretário nacional de Segurança afirmou que o nível de violência nos ataques no Rio de Janeiro foi menor do que os de São Paulo, em 2006. Para ele, a ação na Vila Cruzeiro teve falhas.

Para analisar a reação das forças de segurança do Rio de Janeiro, o Jornal das Dez recebeu dois ex-oficiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar do Rio: Rodrigo Pimentel, que é também comentarista de segurança da Rede Globo, e Paulo Storani, ex-capitão do Batalhão.Rodrigo Pimentel explicou porque os criminosos fugiram em massa do Complexo da Penha para o Morro do Alemão. Paulo Storani afirmou que o próximo passo será a ocupação do Complexo do Alemão.

Causas e consequências da notícia A notícia que interessa escamoteia o fato de a maior megaoperação militar contra traficantes cariocas ocorrer, coincidentemente, exatos 25 dias após o 2º turno das eleições, revelando que a politicagem tem sempre prioridade diante dos interesses universais da população. Pior ainda! Essa megaoperação só foi possível em função da pressão internacional por conta dos eventos que ocorrerão no país em 2014 e 2016, patrocinados respectivamente pela FIFA e pelo COI. Não fosse isso, a população do Rio de Janeiro e do Brasil iriam amargar mais 30 anos de incompetência e descaso das autoridades. Filhos dos filhos apadrinhados, os políticos são os mesmos que, desde 1980 quando o tráfico formou berço em solo brasileiro, se revezam no poder reproduzindo velhos e torpes imaginários que enganam facilmente aqueles que só tem a opção do tráfico para subsistir. Tudo porque não temos a qualidade reconhecida da educação oferecida na Coréia do Sul, Cingapura e Finlândia. Na noite do dia ‘D’ carioca a imagem que marcou foi o semblante estupefato da jornalista da TV Globo, Fátima Bernardes, ao ver a fuga em massa de mais de 500 marginais fortemente armados sem qualquer repressão policial. O imaginário criado pelas imagens calou por instantes a experiente apresentadora do Jornal Nacional diante de mais de 70 milhões de espectadores. Certamente, nesse momento, a audiência sentiu-se órfã de tudo e de todos que deveriam governar em vez de criar panacéias. Aquelas imagens foram fortes demais até para a velha mídia acostumada a coberturas de confrontos entre polícia e traficantes. Contra imagens irrefutáveis de bandidos em fuga e mais de 40 carros e ônibus incendiados, o secretário de Segurança do Rio correu para a TV e afirmou que a operação havia sido um sucesso. Ele mentiu, descaradamente! Melhor do que tudo isso, não foi a ausência de William Bonner na bancada do JN num dia tão especial para quem usa o vídeo como penteadeira... O show coube ao jornalista André Trigueiro à frente da apresentação do Jornal das Dez (Globo News). Numa tarde-noite dos desesperados, Trigueiro conseguiu arrancar do ex-capitão do Bope (aquele mesmo que deu vida no cinema ao quixotesco capitão Nascimento). Na vida real, tudo é diferente. Até no amor! No alto do seu cinismo inteligente, Trigueiro fez a pergunta que interessava a todos: “Por que a polícia não agiu quando deveria contra a fuga dos marginais”? O capitão Nascimento da vida real, respondeu: “Não é permitido atirar a partir de aeronaves militares se não estivermos em guerra”. Pela Constituição Federal, o Brasil só pode declarar guerra quando houver ameaça estrangeira. E aí, como ficamos contra a nossa própria guerra interna? Na verdade vivemos em um estado de topor hipócrita. O fato é que nenhuma autoridade do governo federal quis assumir a culpa por fazer a coisa certa, na hora certa, no dia certo, contra as pessoas certas. Seriam menos 500!

Confira agora as outras notícias que acertaram o alvo da última semana:

Tarifas de cartão de crédito serão reduzidas de 80 para 5

Passa dos limites nova revista íntima em aeroportos dos EUA

Trânsito de Belo Horizonte volta à velocidade das carroças

Perigos da radiação no dentista principalmente para crianças

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