domingo, 24 de janeiro de 2010

Playboy como olimpo de mulheres brasileiras acerta


Enquanto os homens exercem seus podres poderes, com toda licença poética que cabe a Caetano, as mulheres brasileiras elegeram a Playboy como olimpo – supostamente uma morada até então exclusiva dos deuses de verdade. O que era feito tempos atrás com certo pudor, agora norteia as ações da maioria das mulheres que ganha alguma notoriedade na mídia.A notícia (27/01),veiculada no programa TV Fama (RedeTV), acertou na mosca o alvo da 40ª semana do Target NewsWeek, game de análise de notícias que classifica as cinco que fizeram a diferença ao longo da semana. Enfim, os meios justificam os fins! Ou seja, sem qualquer juízo de valor, tudo é arquitetado para um único objetivo: posar para uma revista masculina em troca de dinheiro e fama instantânea. O caso da estudante do vestido curto é um entre outros tantos de ilustres anônimas que viram celebridade da noite para o dia, após nos brindar muitas vezes com a falsa moralidade de que o dinheiro não compra tudo. Compra, SIM! Depois do barraco na faculdade, a ‘deusa’ do momento também vai posar nua, após vender a imagem familiar de pureza. Ninguém acreditou muito nisso, que o digam os seus colegas de curso. O imaginário, produzido por ela, comprova na verdade que os fins justificam os meios. E seu discurso de moça recatada e ofendida vai para o ralo tão logo a revista chegue às bancas. Nem bem saiu do BBB 10, a sister Marcela já anunciou que vai posar nua. Que bacana! Ela entrou calada e saiu quase muda do jogo, mas como a revista não tem áudio... tudo bem! E o que dizer da sua colega de programa, Tessália? Poderíamos enumerar outras mil, mas esse trabalho é quase de exclusividade da Playboy e não, nosso. Enquanto isso, em Belo Horizonte, os maridos matam as ex-mulheres à queima-roupa, ao vivo, pela TV. De quem é a culpa? Do imaginário negativo construído pela mídia da mulher brasileira? Do Carnaval que transforma qualquer mulher em moeda de troca no país conhecido como o paraíso mundial do turismo sexual? Por falar nisso, invariavelmente várias destaques de escolas de samba são fotografadas com a calcinha à mostra, propositalmente. Esse é o jogo! Diante desse imaginário construído por algumas divas de plantão, como ficam as mulheres comuns, de Atenas? A ascensorista, a dona de casa, a taxista, a professora, enfim, as mulheres que recebem cantadas degradantes todo dia como se prostitutas fossem? E como explicar essa confusão na cabeça dos homens que só conseguem enxergar o mundo através de imagens? Para os homens comuns ou não, imagens falam mais do que mil palavras. Acreditam piamente no imaginário produzido pela mídia. Por isso saem por aí matando mulheres que ainda dizem amar. Como solucionar essa confusão midiática? Mudando a cultura acabando com qualquer preconceito dos que ainda acham que tudo que mencionamos acima deve ser encarado como algo moralista. A mudança já começou... este texto é prova disso!

Reveja agora as outras notícias que acertaram o alvo na última semana:

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