domingo, 14 de junho de 2009

Uso político da venda de Kaká acerta o alvo da semana


A notícia sobre o uso político da saída do jogador Kaká do Milan pelo dono do clube milanês e também primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, acertou na mosca o alvo na 7ª semana do Target NewsWeek, resenha que classifica as cinco notícias que fizeram a diferença ao longo da semana. A política italiana adiou para a última segunda-feira (08/06) o anúncio da transferência de Kaká para o Real Madrid. Berlusconi aceitou vender Kaká, mas exigiu dos dirigentes do Real Madrid e do jogador brasileiro que a confirmação do negócio só acontecesse na segunda passada, um dia após as eleições dos integrantes italianos ao Parlamento Europeu. Berlusconi acreditava que o anúncio da saída do meia-atacante antes das eleições poderia atrapalhar o seu destino político. Berlusconi é o líder do Partido da Liberdade, o maior do país. O premiê italiano alegara que seus opositores tirariam proveito político da saída do jogador, eleito em 2007 pela Fifa o melhor do mundo. Segundo o primeiro-ministro, a transferência de Kaká poderia ser encarada pelos seus opositores como uma derrota financeira do país. Agindo como ave de rapina, Berlusconi tinha razão: foi o candidato mais votado da Itália ao receber mais de 2,7 milhões de votos. Na negociação de transferência de clube, Kaká funcionou mais como um pivô de uma jogada política escusa tramada por Berlusconi fora dos gramados. Essa não foi a primeira vez que o esporte serviu de marketing político para ascensão de políticos inescrupulosos. Isso aconteceu na Era Hitler e nos anos 70 pelos militares brasileiros após a conquista do tricampeonato mundial pelo Brasil. Neste episódio, o fato lamentável fica por conta da ‘ausência de malícia’ do jogador Kaká, que não precisaria entrar nesse jogo sujo para se dar bem na vida. Afinal é reconhecidamente um atleta de alto nível e não precisaria barganhar para fechar a terceira transferência milionária na história do futebol. Outro fato negativo foi o pouco espaço dado ao fato pela ‘libertária’ imprensa brasileira. O único ponto positivo vai para o jornalista Sérgio Rangel da Folha de S.Paulo, no Rio de Janeiro, autor da matéria publicada na semana passada sobre o uso político da venda de Kaká.

Reveja agora as outras notícias que acertaram o alvo na última semana:

2º lugar - Governo pode cortar imposto sobre salário dos trabalhadores

3º lugar - Brasil de Luiz Inácio Lula da Silva está em plena recessão

4º lugar - Cargos são criados no Senado Federal através de atos secretos

5º lugar - Poucos fundos superam rentabilidade da caderneta de poupança

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