domingo, 7 de março de 2010

'Aécio vive de imaginário do avô' acerta alvo da 45ª


Após 25 anos da morte do avô, o governador Aécio Neves ainda continua a viver do imaginário criado por Tancredo Neves. Na mega-cerimônia de inauguração da Cidade Administrativa do Governo de Minas, o ponto alto foram as homenagens aos 100 de Tancredo. A notícia (04/03), produzida por Alexandre Vaz e Elaine Resende e publicada no Portal Uai, acertou na mosca o alvo da 45ª semana do Target NewsWeek, game de análise de notícias que classifica as cinco que fizeram a diferença ao longo da semana.A Cidade Administrativa, a nova sede do governo de Minas, foi inaugurada na Região Norte de Belo Horizonte. A data faz referência ao ex-presidente da República Tancredo Neves, que, se estivesse vivo, completaria 100 anos. A solenidade foi aberta com a apresentação de Dona Jandira, cantando o eterno Peixe Vivo. Enquanto a música era interpretada, um grupo de jovens exibiu uma coreografia mostrando a construção do Centro Administrativo. Logo em seguida, a cantora Fafá de Belém, relembrando o dia de posse do então presidente Tancredo Neves, em 1985, cantou o Hino Nacional. O gigantismo cênico da cerimônia palaciana revela a face vil da produção de imaginários.Em sua Teoria Geral do Imaginário, Gilbert Durand credita ao imaginário a importância de ser a própria matriz do pensamento humano. Esse autor entende que a função fantástica acompanha os empreendimentos mais concretos, modulando a ação social e estética. Nesse sentido o autor considera que a função do imaginário é de mediar, simbolicamente, as nossas relações. O imaginário é um mapa com o qual lemos o mundo, pois é através dele que organizamos, de forma interativa, o real. Em seu pronunciamento, Aécio prestou homenagem especial ao avô, lembrando a luta de tancredo pela redemocratização do país. As comemorações continuaram no dia seguinte, exatamente quando foi comemorado os 100 anos de seu nascimento. O evento faz parte de uma série de homenagens que irão se prolongar até 21 de abril - o dia de sua morte, um dos traumas nacionais no recente período da redemocratização. A seis meses das eleições colocar o paletó no cabine de um morto ilustre parece preencher os requisitos de quem quer se cacifar ainda mais para se perpetuar no poder. Para quem ainda tem dúvida, isso é uma verdadeira democracia de monarcas, onde o povo não passa de meros súditos de reis de condutas questionáveis. Segundo reportagem de Fabiana Almeira (Globo Minas), não foram usados recursos do tesouro do estado. O investimento foi pago pela Codemig, Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais. Ora, ora! O dinheiro saiu do meu bolso e do seu! Eis a face perigosa da produção de imaginários em cima de um sistema político que forja uma democracia de poucos para poucos. Acorda Brasil!

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